Rastejo sobre uma superfície que perde textura a cada dia, dando sinal de que posso relaxar um pouco em relação ao que eu ainda não sei.
Mas, por quanto tempo vive-se num estado de não-saber?
Os obstáculos parecem ter diminuído e quero acreditar que também pode haver facilidades na caminhada. Vale me desapegar da ideia de que somente com sacrifício os ganhos são dignos.
Tomo como lição este aviso e prossigo vivendo em forma de flor, num desabrochar que não teme nada, mas também não quer se entregar à dureza.
O sol é um parceiro, dou colo a seu fogo e me lambuzo com sua luz.
Meus olhos neste verão ganharam novo rumo, têm sido chamados pelo mar de uma forma diferente, pois noto que tamanho e cor se uniram de modo ainda não conhecido por mim, para me seduzirem. E eis que já vi um verde inaugural, um azul saído do forno.
O sonho está pleno de sentidos,
não tenho muita agonia
e apenas preciso não me desapegar da palavra.
Esta é minha sina.
Sarah
ResponderExcluirA palavra provém da imaginação, ou seja, de um construtivismo ético. A existência humana tem, portanto, a admiração em seu próprio núcleo. Nossa "abertura" ao mundo nos deixa livres para criar e nos torna responsáveis por essas criações.
Parabéns. bjs