Eu não desmonto malas, eu organizo vestígios de vida. Afinal, eu não simplesmente devolvo para os cabides os vestidos não usados e nem jogo mecanicamente as peças sujas dentro do baú. O retorno de uma viagem é para mim um remodelar no qual eu invisto todas as minhas forças para saber quem eu já fui, mas não sou mais; quem eu sou e posso deixar de ser e quem eu ainda serei, a partir das chegadas, das permanências e das partidas minhas e também do outro.
Sarah querida.
ResponderExcluirA revelação, a percepção de nos mesmos se da através da calma contemplativa. A urgência atrasa e turva o processo. Talvez o importante não seja o que fomos ou o que seremos, mas o que somos. Lembre-se : « de constante mesmo, so o movimento » .
Beijo carinhoso