Estou subtraída da vida que corre lá fora e do lado de cá um mesmo sempre movimento me conduz à feitura inadiável de uma tese de doutorado.
A este desafio, que se prontifica todos os dias diante de mim, eu entrego minha totalidade com a ressalva de que a doação integral da minha energia não me custe a rachadura do umbigo e nem a inflamação da garganta, pois, embora seja muito gratificante ficar mais sabida, eu preciso continuar com minha saúde intacta, claro.
Ok, está tudo bem comigo, mas ainda assim não abro mão de fazer perguntas desorientadoras sobre as tramas e os caminhos. Afinal, imitando o homem que emergiu do barro, vim eu da elegante curva que questiona o estabelecido. Não tem pra onde correr: sou oriunda da matéria interrogação.
E se, desde que me transformei numa serva da leitura e da escrita científicas continuo fiel às perguntas existenciais, por outro lado, no quesito sono, me perdi completamente e, um dia, durmo demais, noutro, de menos.
As horas disponíveis para o trabalho se movem agora de um jeito esquisito, mas infinitamente menos extraordinário do que a feitura do diário de uma viagem de não ida à Grécia, para onde partiu meu namorado.
Em suas páginas tenho desaguado o não-vivido e isso, contraditoriamente, tem sido o viver mais novo ao qual estou tendo direito. Hoje, por exemplo, vi o mar mediterrâneo exatamente porque meu amado me mostrou.
Que bom que a arte de amar envolve presentes que não são vendidos em loja e estão por aí esperando os presenteadores e os receptores, e que bom que pela manhã fui eu a receptora e meu amor o presenteador de uma magnífica paisagem que dorme e acorda na Ilha de Santorini.
Minha quarta-feira ficou tão mais viva com este regalo...
A este desafio, que se prontifica todos os dias diante de mim, eu entrego minha totalidade com a ressalva de que a doação integral da minha energia não me custe a rachadura do umbigo e nem a inflamação da garganta, pois, embora seja muito gratificante ficar mais sabida, eu preciso continuar com minha saúde intacta, claro.
Ok, está tudo bem comigo, mas ainda assim não abro mão de fazer perguntas desorientadoras sobre as tramas e os caminhos. Afinal, imitando o homem que emergiu do barro, vim eu da elegante curva que questiona o estabelecido. Não tem pra onde correr: sou oriunda da matéria interrogação.
E se, desde que me transformei numa serva da leitura e da escrita científicas continuo fiel às perguntas existenciais, por outro lado, no quesito sono, me perdi completamente e, um dia, durmo demais, noutro, de menos.
As horas disponíveis para o trabalho se movem agora de um jeito esquisito, mas infinitamente menos extraordinário do que a feitura do diário de uma viagem de não ida à Grécia, para onde partiu meu namorado.
Em suas páginas tenho desaguado o não-vivido e isso, contraditoriamente, tem sido o viver mais novo ao qual estou tendo direito. Hoje, por exemplo, vi o mar mediterrâneo exatamente porque meu amado me mostrou.
Que bom que a arte de amar envolve presentes que não são vendidos em loja e estão por aí esperando os presenteadores e os receptores, e que bom que pela manhã fui eu a receptora e meu amor o presenteador de uma magnífica paisagem que dorme e acorda na Ilha de Santorini.
Minha quarta-feira ficou tão mais viva com este regalo...
Sarita,
ResponderExcluirQue bom, digo eu, que sou presenteada com esse maravilhoso texto e com a descoberta de que vc tem novo amor! Quero participar dessa viagem, seja ela à Grécia, ou não!
Bjs mediterrâneos,
Veroca,
ResponderExcluirÓtimo que você tenha se sentido presenteada com meu texto e com a deliciosa notícia de que tenho novo amor. Agora sou eu quem se sente presenteada com sua recepção às minhas lindezas, sabia? E claro que você participará da nossa viagem, querida. Ah, adorei os beijos mediterrâneos.
Mil beijocas saltitantes
Essa vai para vocês dois; Sarah e amado.
ResponderExcluirFotogrécia
Meu amado
mandou-me da Grécia
um inusitado regalo
abri na pressa
o e-mail
e um mar imenso inundou a sala!
em meio a conchas vi
mensagens encharcadas
Senti da brisa distante
o afago
e o odor do amado
embalou-me a alma
naquele instante.
João Valdenio 07/10/2012
Amigo João,
ResponderExcluirQue poema fofo! As imagens que ele traz são maravilhosas. Gostei tanto, tanto de recebê-lo. Obrigada! E saiba: seus sentimentos, amigo, são trilhas rumo ao engradecimento da vida. Suas manifestações sempre me chegam como impulsos que redimensionam a existência.
Um fortíssimo abraço e um grande beijo