26 de julho de 2010

Escape

Gosto da minha letra em caneta azul dormindo nos papéis que ultimamente tomam conta da sala de casa. Para muitos cantos que olho vejo minha caligrafia servindo ao pensamento. Em volta de mim: telefone fora do seu lugar, chão varrido pelas mãos de quem cuida, luminária comprada sob a luz do meio da tarde; pratos na cozinha, comida, referências. Ainda hoje preciso ir mais longe, redigir novas páginas, encontrar encaixes entre os trechos dos livros dos vários autores que li. A vida de mulher que pesquisa movimento social tem forma e eu ainda não sei se caibo dentro dela. Por isso, há dias em que escapo para sentir outras necessidades.

2 comentários:

  1. Caneta? Que bom que você ainda usa além do assinar cheques, estes também fora de moda. Hoje a tecnologia substitui a forma das letras, estas que demonstram a personalidade de quem escreve. A complexidade dos movimentos sociais é uma batalha a ser vencida, só mais uma em tua exitosa carreira.
    renapert@ig.com.br

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  2. Sarah, os seus escritos me ajudam a escapar da realidade... toda boa sorte nessa costura de ideias!!
    Um abraço!

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