11 de novembro de 2010

Gosto de gambiarras















Mais de dois meses sem um aparecimento meu nesta parte de mim. Durante este tempo de sumiço, silêncio e recuo; durante este meu estado de ser de mim para mim, em virtude das urgências da lida, claro que houve emoções, vibrações, vontades, acontecimentos, descobertas, ganhos, perdas, entregas, sonhos, ilusões, aprendizados, críticas, providências e a novidade das novidades: elegemos a primeira presidentA do Brasil. Eita coisa boa...

Logo, há muito a ser dito, sentido, apontado, mas não posso me render a este ofício bom agora. Os objetivos da caminhada me avisam que necessito correr atrás de um monte de coisas e somente mais pra frente terei a condução dos dias disponível para a escrita. Contudo, para não ficar mais um mês sem rastros meus por aqui, dou as caras, trazendo as luzes de uma cidade que tem me encantado: Cachoeira. Algo que percebi ao longo deste tempo sem despejar palavras no blog é que curto muito gambiarras. Elas me comunicam festa.

4 comentários:

  1. Oi menina! aguardo ainda com muita ansiedade sua avaliação a esse respeito! e aproveito pra te lembrar algo que não sei se voc se lembra! quando Erondina foi eleita prefeita de São Paulo voc era ainda adolecente, e nós na ocasião em uma de nossas celebrações em familia na casa de Zete, que ainda morava no conjunto morada do sol você disse a seu pai:" painho ainda serei presidente desse país" então é isso! nós mulheres mostrando que somos capazes!
    Beijos
    Zelia

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  2. Zélia queridíssima,

    Sim, claro que lembro da eleição da Luiza Erundina para a prefeitura de São Paulo, da minha alegria por esta conquista e da frase: "painho, quando eu crescer, eu vou ser presidente do Brasil".

    Eu e o meu sonho. Engraçado que Dilma, em uma das suas entrevistas pós-vitória, disse: "no fundo, no fundo, todo brasileiro tem o sonho de presidir o seu País". Na mesma hora me vi dentro desta fala, ainda que há muito tempo este sonho de presidir o Brasil se converteu em outros sonhos e outras ajudas para a construção de um país cheio de vida. Minha relação com os projetos sociais passou a ser este caminho de colaboração com a mudança.

    Ah, mas embora me lembrasse do que falei na eleição de Erondina, não me recordava que esta minha declaração havia sido feita na casa de Zete, quando sua casa ainda tinha o endereço da Morada do Sol, aliás, que lindo nome para um bairro.

    E eis que é maravilhoso ver as cenas da minha infância se encaixando e o encaixe acontecendo sob o ritmo de Dilma presidentA e a partir de uma lembrança, que me chegou através de você, de mainha e de Lúcia.

    Beijos,
    Saroca

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  3. Ao ver as lindas imagens das gambiarras de Cachoeira, cidade que encanta, lembrei das “Luzes da Ribalta” - onde o palhaço Calveiro salva Terry do suicídio. Em Cachoeira as luzes brilham e num prenuncio de festa, trazem de volta às letras, nossa sumida e querida Sarah. bj.

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  4. "A necessidade do corpo"
    Por Adélia Prado

    “Nenhum pecado desertou de mim.
    Ainda assim eu devo estar nimbada...
    Porque um amor me expande.
    Como quando na infância
    Eu contava até 5 para enxotar fantasmas,
    Beijo por cinco vezes minha mão.
    Este é meu corpo,
    Corpo que me foi dado
    Para Deus saciar sua natureza onívora.
    Tomai e comei sem medo,
    Na fímbria do amor mais tosco
    Meu pobre corpo
    É feito corpo de Deus.”


    A Duração do Dia,
    Editora Record, 2010.


    Depois de Jose e Pilar.... Adélia Prado... viva o amor em toda sua simplicidade e resplendor.
    Te amo como um menino que recebe de prêmio uma bala tão desejada... Tão colorida de sentimentos... Tão doce como o raiar do dia... Tão saborosa como a brisa em nossas peles... Tão "caliente" como o brindar os dias com café e o pão da última fornada.
    Amar é bom demais... E esta ausência do tédio é o que marca nosso futuro e que nos lembrará todos os dias que vale a pena viver com você.

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