11 de janeiro de 2013

Outros olhares

Tenho andado mais dentro do que fora, rendido-me a estações de trem com olhos menos encharcados de novidades do que quando, pela primeira vez, virou rotina ser andante de trilhos europeus que se entrelaçam no subterrâneo e para além dele. Isso me aconteceu quando inaugurei o avassalador rito de ser adentrada por uma cultura estrangeira, na primavera do ano de 2011. Agora é janeiro de 2013, o inverno cobre uma parte do planeta, estou de volta e tudo parece menos distante do que me foi um dia. Existe certo sabor nisso de não ter obrigação de tanto ter que observar. Uma leveza se insinua e em mim há outro grau de curiosidade, outro elo com a língua que corre pelas ruas, outro modo de me fazer existente, outro universo de busca, outras possibilidades de conexão com o que este lugar encerra, e é mesmo isso: eu também sou as distintas temporalidades que me visitam, através das terras por onde eu caminho.

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