14 de outubro de 2009

Só hoje

Hoje, não. Não, não quero. Não quero aventuras, não estou a fim de me colar na beira da busca incerta, estou cansada e quero sossego. Necessito de caminhos curtos e providências que não dêem margem a surpresas. Não, não quero ter que dar conta de nada diferente do que já estou acostumada a fazer. Hoje, quero a repetição e lhe peço: não me julgue por esta escolha. Tenho este direito. O direito de repetir, de vibrar intimamente com a rotina mais banal do cotidiano que traço todos os dias como fruto do meu jeito de me colocar no mundo. Ei, moço, permita que eu me reserve para a exatidão, pra aquela exatidão que não fere ninguém e que é tão bem-vinda quando estamos pesados porque frustrações e perdas nos chegaram. Isso! Deixe-me não querer ser aventureira, não me lançar, não me arremessar, nem muito menos me arriscar. Preciso de respostas que eu sei onde posso encontrar. É só hoje. Amanhã, prometo estar, de novo, nos braços da possibilidade, que eu - lhe digo -, não sei para aonde vão me levar, e exatamente por isso é que eu seguirei envolvida neles.

Um comentário:

  1. As vezes nos devemos permitir,ate msm aquilo que nao nos permetiriamos!
    As vezes eh bom, ser fraco, ser diferente, ser seguro, ser medroso!
    Eh sempre bom ser de td um pouco!
    O importante eh ser sempre a gente!

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