19 de julho de 2010

O mundo e eu

Sei que o mundo é muito maior do que eu, por isso, caminho grande para alcançar seu íntimo. E, embora ciente de que a mim só chegam pedaços da sua imensidão, tenho buscado transformá-los no palco onde eu, inteira, ofereço quem eu sou: cabeça, braço, perna, bunda, buceta, seios, palavras, imagens, poemas, pensamentos, questões, delírios, negações, afirmações, gritos, exageros, defeitos, qualidades, pedidos, milagres. Ufa, sou intensa. Nada escondo, tudo mostro, tudo revelo.

Exijo-me ser plena no ato de existir, mesmo tendo a noção de que a totalidade que eu toco são recortes de mundo, fragmentos do gigante lugar onde vivemos. Mas, com um pouco de chuva aqui, um tanto de areia ali, sigo construindo castelos no meio da multidão; coloco amor como liga em cada um deles e os enfeito com luzes. Sonho, desejo, cruzo os dedos, chamo o sol, convido o bom tempo, respiro e peço a Deus que a construção não desmorone. Meu Pai, me ajude neste mundo tão cheio de caminhos!

2 comentários:

  1. Oi Sarah
    Encontrei teu blog na net e li, com atenção, o que escreves. Gostei muito, em especial "O mundo e eu". "Sonho, desejo, cruzo os dedos, chamo o sol, convido o bem tempo, respiro e peço a Deus que a construção não desmorone.." Meu nome é Renato, sou de Porto Alegre (no momento muito frio e chuva). Parabéns. Escreva mais. bj renato
    rlam24@yahoo.com.br

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  2. Sarah, parabéns; que bom encontrar seu texto; as nossas indiossincrazias podem ser colocadas e mesa e, como um caco sem uso, nos espia do aparador; (incursão acidental de Drummond); um grande abraço e parabéns;

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