23 de julho de 2012

Em três dias

Minhas várias versões conversam numa língua que eu não domino o código, por isso, preciso de muito empenho para compreender o que dizem e descobrir quem manda em quem.


E mais:


Viagem curta, longas distâncias, duas cidades, meus não-saberes, beiju bem torrado, café e uma boa prosa com ela que tem 94 anos vividos na roça. 


Abraços numerosos, despetrificar da noite pelos faróis, fogão ineficiente, desengonçado manuseio de uma resposta, fotografias e enormes panelas definindo os rumos a serem tomados nas avenidas da cidade. 


O peso do doce, muito feijão, vestido sem alça, salto, samba, a promessa de um presente, descaracterizados afetos anteriores, antecedências e o revisitar não entusiasmante de uma rua


Aniversários sacudindo o espírito, presentes para o mar, filas de carro, amigos, saudade do amor, escritura ampliada, necessários atendimentos, sensações de desencaixe e uma mulher querida em decadência


Uma partida não sentida, olhos que pescam costuras, o jeito artesanal de contar o tempo, espantos e uma nova metáfora a partir da compra do exemplar de um jornal no sábado à noite


E o melhor: tudo isso eu tomo como impulso para acionar reconduções.

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