13 de abril de 2012

Horinhas com comida para a alma







Quando chegamos à casa da minha doce amiga Dominique na Segunda-feira de Pâscoa, ela nos recebeu com um sonoro "Bom dia", bem assim em português para deixar os ouvidos da minha família acarinhados e certos de que encontros são encantos da lida feitos para os corações se conectarem.

Se Dominique pronunciou seu mais lindo e perfeito "Bom dia", agarrou minha mãe em um dos seus braços e minha irmã Cláudia noutro, para que nelas se apoiassem e subissem os degraus que dão acesso à sua charmosa casa, meu vizinho, o agradável senhor Sanchez, passou toda a tarde que antecedeu o jantar que ele e sua adorável esposa nos ofereceram, colhendo informações sobre Brasil a ponto de um pouquinho antes de saborearmos o maravilhoso Chucrutes (comida típica de Strasbourg), preparado pela madame Myrian, ele falar: "para ir do norte ao sul das terras brasileiras é necessário percorrer 4.397 quilômetros".

Pronto: estava dado o comando para todo um diálogo sobre caminhões e estradas se desenrolar entre painho e o Monsieur Sanchez, que quer ir ao Brasil e rodar seis mil quilômetros no caminhão da Rodoasabranca. VIVA!

Magnífico notar que em algumas horinhas usadas a favor da felicidade, vivemos o suficiente para guardarmos em nossa memória um rico almoço, no qual alimentamos a esperança da esquerda vencer as eleições presidenciais na França, meu pai diluiu uma antiga dúvida de Martine sobre a coloração dos pimentões, minha mãe externou seu amor pelos vinhos e Cau se encontrou lindamente com o creme de sobremesa mais vivo que já vimos.

No dia seguinte, com mais algumas horinhas de vida abençoada, depositamos em nossas lembranças um jantar povoado dos mais variados assuntos e encerramos a noite com uma gostosa partilha das expressões populares. Nós pronunciamos: "quando Deus fecha uma porta, ele abre uma janela" e coube aos nossos vizinhos afirmarem: "Quand une porte se ferme, une autre s'ouvre".

Duas refeições com grande poder de nos alimentar para além do momento em que aconteceram, e nas duas o brinde foi harmoniosamente feito em nome da União dos Povos do Mundo. E que este dia chegue.


3 comentários:

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  2. Viva! Pela União de Todos os Povos! Que chegue logo esse dia onde todos os homens serão Homens de Boa Vontade! Viva!

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  3. Sarah, estas informações adquiridas pelo Monsieur Sanchez foram muito direcionadas! KKK foram propositais! Eu preciso encontrar pessoas na Europa, que converse comigo sobre Educação, trio elétrico, forró... Fiquei emocionada com tanta gentileza tanto carinho e segurança dispensada por seus amigos franceses aos nossos familiares ai! Queira por favor transmitir à sua "doce" amiga Dominique e ao Monsieur Sanchez, os meus sinceros e emocionados agradecimentos! Ah, agradeça também à madame Myrian que preparou a comida! Um beijão.

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