27 de julho de 2009

Captação possível

Não sei quantas vezes a cidade de Feira de Santana, onde eu nasci, foi olhada por mim a partir de um dos seus pontos altos. Ontem, me peguei pensando nisso porque estive em Feira para resolver coisas do mundo de gente adulta e, em prol das resoluções, entrei num prédio que não lembro se já havia estado antes, ainda que seja um tradicional edifício da cidade. Fui à sua sacada e avistei então a cercania feirense, a partir de uma perspectiva que não me foi comum, quando vivi em uma das suas casas, situada numa das suas ruas. Vi o céu mais perto de mim, observei os telhados, as antenas de tevê, a extremidade das construções. Foi, então, que me chegou uma crença que eu ainda não sei falar muito bem sobre, mas já anuncio: desde ontem, às 14h, passei a acreditar que precisa ser obrigatório olhar "das alturas" a cidade onde nascemos. É que fará bem à nossa formação acessarmos de modo expandido o local que nos instala na vida. Talvez esteja aí a chave para aprendermos a olhar o mundo, com olhos arregalados.

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