25 de janeiro de 2010

A delícia de ser engolida

Eis que meus olhos alcançam a Cordilheira dos Andes! A vontade de gritar me visita. Respiro, suspiro, percebo e emito, para mim, em silêncio e profundamente: que fascínio de lugar, meu Deus!

Fico sabendo que estamos a 3.500 metros acima do nível do mar. O coração acelera. A palavra que vem em minha cabeça? imensidão. Olho para os lados, checo tudo em minha volta; tudo é altura.

Não me rendo à nenhuma tentativa de pergunta, simplesmente contemplo, saboreio, mastigo. Alcanço a apreciação, o susto, o medo, as cores desconhecidas, as  texturas impensadas, a temperatura gelada, o céu muito azul e sinto vontade de que mais gente veja toda aquela beleza.

Sinto-me dentro da mãe terra. A montanha me engole todinha. Caminhões, ônibus, carros e as poucas construções que existem tornam-se miudezas como as de uma maquete. Há pedras, pequenos riachos, um tom novo de marrom, o branco da neve fazendo cobertura para os picos.

Localizo um jogo de luz e sombra, enlouqueço com o que vejo, transporto-me para não sei onde. Tudo é incrível de ver e de sentir. Os registros fotográficos não dão conta da grandiosidade e, mesmo não querendo, a pergunta me atinge: o que a mãe natureza viveu para alcançar este formato geográfico?

4 comentários:

  1. É delicioso acompanhar a narrativa de tuas experiências nessa viagem cheia de descobertas!Gostaria de um dia tambem ver os andes,essa cordilheira tão bela e tão perigosa e traicoeira,mas vejo atraves da tua emocão,assim como teu rizo para cima nas cataratas,acho que faria o mesmo ,se visse tanta beleza da natureza de perto...

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  2. A sua percepção do ambiente, de tudo é acima do limete, injeva jão coisa boa...mas estou.

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  3. Chico Tripa deve estar bastante orgulhoso de você, eu também o jornalista da Gazeta de Irará.

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  4. Quando você retorna ao Brasil? (Roque da Gazeta que ti vi pequena e Chico Tripa chegando com a Caçamba nos anos 90 e te abraçando...

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