9 de fevereiro de 2010

A bagunça boa da memória

Numa viagem em que tudo se converte em caminho, e os caminhos viram história, e a história vira palavra, que vira fotografia, que vira registro e se faz lembrança viva, as narrativas não conseguem seguir a ordem como ocorrem os acontecimentos. Um mosaico de episódios se estrutura na memória, as células assimilam o que conseguem e o tempo vai dando conta de emoldurar as telas mais marcantes. Estou sentindo isso na pele. Para escrever sobre Lima, por exemplo, falei das cidades de Puno e Arequipa, cujas fotos deveriam ter sido colocadas antes do texto sobre a capital do Peru. Quando me dei conta, ficou Lima lá embaixo e as fotos mais em cima. Hum! Mas, desconfio que isso não tem a menor importância, o que importa mesmo é viver Puno, Arequipa e Lima, e tudo estar em mim, reunido numa mistura que produz um sumo delicioso: o sumo da vida expandida. Eu gosto!

2 comentários:

  1. Sarita,
    Você está fazendo a viagem dos meus sonhos. O jeito é, por enquanto, sonhar através de seus textos inspirados.
    Beijocas,
    Sandra

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