8 de fevereiro de 2010

Rápidas impressões sobre Lima

Com os dois pés na cidade de Lima, vou me interessando por esta terra, com nome de fruta, onde vivem mais de 8 milhões de habitantes. Para minha surpresa, eles não contam com metrô para se deslocarem. Além disso, os ônibus também não ajudam muito. A frota é feita de modelos muito antigos, e todos os pequenos coletivos passam lotados de gente. Solução: uso constante de táxis, os quais não custam caro e não dispõem de taxímetro; as corridas são acertadas antes do embarque do passageiro.

Mas, calma, porque é claro que a capital do Peru não se reduz a um conjunto de ônibus cheios, que não param de colocar pessoas dentro, somado a um mundaréu de táxis cortando intensamente a cidade. Prova disso: da entrada de Lima até o hotel onde estamos hospedados, em Miraflores - região muito agradável da cidade - gastamos aproximadamente três horas. Logo, nota-se o quanto a capital peruana é extensa. Haja pernas para percorrê-la! Ah, além deste dado inicial sobre a cidade, é bom saber que o milho cultivado em terras peruanas tem grãos bastante gordos e podem ser de muitas cores, inclusive, negros. Portanto, a comida servida em Lima traz curiosidades.

Mas, enquanto a capital do Peru vai se revelando para mim, lembro que antes de chegarmos aqui, passamos por Puno, onde dormimos no último dia 05. Aquela foi uma sexta-feira de festa na cidade, pois estava acontecendo o ensaio dos grupos de carnaval que se apresentariam no domingo. E como foi bom conhecer outro modo de carnavalizar a vida! Fazia um frio imenso em Puno, e todas as ruas do centro estavam tomadas por homens e mulheres que dançam o Caporales, dança popular que tem relação com o período escravocrata.

Uma ala feminina e outra masculina dançam todo o tempo embaladas por uma mesma música executada por um grupo de sopro. A esta sonoridade os homens-dançarinos acrescentam o barulho de suas botas, nas quais se encontra pequenas rodinhas de metal chamadas cascavel, numa alusão à figura do capataz, do período do trabalho escravo. Além de Puno, saindo da Bolívia para o Peru, passamos em Arequipa, local do nosso almoço do sábado, e em Chala, onde está o hotelzinho de beira de estrada já comentado anteriormente, onde dormimos contornados pelo Pacífico. Eita sono que me revigorou, meu Deus!

Um comentário:

  1. Foto bonita a do milho negro, serà que tem o mesmo gosto do amarelo? me chamou a atençao pq adoro milho cozido, assado, na salada, no bolo enfim milho e jaca sao uma delicia... e o milho negro como se come? se descobrir me conta..
    abço

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